O Feedback dos primeiros trabalhos com interdisciplinaridade propostos nos cadernos de estudo nos encontros do Pacto.
Os informes e práticas foram realizados pelos seguintes professores e demais sujeitos da Escola:
Dayane Kelly - matemática; Emerson Borges - língua estrangeira; Francielle - filosofia; Nayara - sociologia; Maria Helena - literatura/redação; Wallasse - língua portuguesa ; Irazilda - coordenadora pedagógica e pela aluna integrante do Colegiado da Escola: Maria Sônia.
Interatividade com a prática oferecida nos Encontros do Pacto, propiciaram esses importantes e salutares depoimentos.
Diretora Nara Cafrune da EE Prof.Antônio Marques falando sobre PPP e Pacto
Charlatães
“Curiosíssimo o artigo de 20/03
de Gilberto Dimenstein, intitulado “As faculdades formam charlatães?” O assunto
baseia-se na ausência de ética profissional médica, mas daí generaliza-se,
dando vazão ao questionamento de culpa às faculdades. Afirmo que esse conceito
“anti” (antiética, antidisciplina, antiprofissionalismo, anti-honestidade) é
adquirido fora das faculdades sendo todos correlatos com a Lei de Gerson.Quem
sabe se para um mal médico não houvesse o Conselho de Medicina para julgá-lo? O
verdadeiro charlatão não se faz num banco de escola, mas nas esquinas da vida.”
Ronaldo Rodrigues
Ensino em crise
“Pessoas nada ligadas à educação
são as que mais tentam elucidar, gerir, sugerir, questionar e até administrar o
ensino neste país. Enfatizam que educação é algo de extrema complexidade, cujo
entendimento está muito longe de uma solução ao menos razoável. Ora, escola não
é empresa. Pessoas não são máquinas. Educação não é processo falido. Culpa-se
sempre o governo, mas será somente o governo culpado? Afinal, quem está todos
os dias com o aluno dentro de uma sala de aula? È o governo ou o educador? É imprescindível que nossa consciência de
educadores transponha com urgência os muros da escola a fim de que possamos
descobrir o real e significativo papel político-pedagógico do professor.”
Ronaldo Rodrigues
A escola certa
“A escola de que o Brasil
precisa tem de estar na Constituição. Ser apolítica. Ter sua verba designada e
repassada nos trâmites estabelecidos pela Constituição.
A escola de que o Brasil
precisa, precisa valorizar o seu educador, muito mais do que financeiramente. É
preciso adequar a educação brasileira a cada local deste país, valorizando os
educadores de cada região e não nomeando colegas universitários para escolha de
livros didáticos, elaboração de planos pedagógicos e sistematização de ensinos
complexos, ora no estilo americano, chileno ou asiático.”
Ronaldo Rodrigues
Folha da Tarde 1994/06/14
Questão de autonomia
Ronaldo
Rodrigues
A proletarização do professorado
estabeleceu a perda do controle do trabalho, inutilizando o educador por meio
da burocracia e conduzindo-o à uma luta ardorosa contra sua desqualificação e
sua perda salarial.
Essa luta é a busca do
reencontro com a identidade perdida e com a reorganização da classe
profissional que, ultimamente, procura por melhores dias, melhores
qualificações e condições de trabalho.
Infelizmente a divisão das
atividades do educador conduzem-no à normas de hierarquização que resultam em
uma menor valorização.
A escola pública vai, assim,
contra a espontaneidade e o caráter vivo e criador de cada indivíduo.
A camada social que busca a
escola pública sonha com a possibilidade do saber que só se define com a
competência técnica e os instrumentos materiais adequados para a transformação
da ignorância em sabedoria.
Aprendizagem é um processo
lento, cujos resultados não surgem tão imediatos como numa linha de montagem
industrial.
Ensinar é algo extremamente delicado.
O educador norteia o indivíduo dentro das suas realidades na direção de sua
identificação.
Receamos pelo fato de que escola
não é empresa.
E por mais competente que seja o
gerenciamento, por mais que busque consolidar a teoria na prática, o que
acontecerá?
É nessa visão abrangente que nos
solidarizamos com os educadores que lutam pela reconquista da autonomia
individual e da classe profissional.
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